terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cantinho das Letras

Cantinho das Letras

Os professores de Língua Portuguesa têm um grande desafio nas escolas: adaptar textos de acordo com o ensino da gramática. Eis aqui, um simples exemplo de como o docente pode utilizar textos literários como a música em sala de aula.

Metodologia:

1.O professor deverá selecionar músicas, poesias ou mensagens de acordo com o tema a qual deseja trabalhar, que expresse uma objetividade.
2.Um fator que sem dúvida, contribui para o interesse da leitura de um texto, consiste em que se possam oferecer aos alunos alguns desafios.
3.Ativar o conhecimento prévio dos alunos em relação ao texto. (no caso aqui, á música).
4.Incentivar os alunos a exporem suas idéias sobre o tema abordado no texto.
5.Produzir uma atividade final concernente ao que foi exposto em sala de aula.

Dicas: Pode ser realizada uma redação dissertativa, um texto de opinião, uma análise, enfim nas atividades com um único fim: detectar no aluno suas competências e habilidades de leitura.

Ex: a música Epitáfio, da banda Titãs.

Motivos: A música Epitáfio pode ser usada com o propósito de compreender nossa visão de mundo, pois esta possui um contexto muito abrangente de conhecimento de mundo. Nela encontra-se uma capacidade interdisciplinar de leitura/mundo e também a habilidade sensorial que a partir dela se expressa no aluno.
A letra fala, em suma, daquilo que podia ser feito em vida, segundo o autor, mas não foi feito. Por isso o nome Epitáfio. Podemos resumi-la no famoso ditado popular que assim afirma: “Nunca deixe para fazer amanhã, o que se pode fazer hoje”.
Portanto, espera-se, dos nossos leitores, que após a leitura da letra dessa música, que possam parar um pouco para refletir sobre a vida e tudo o que realmente importa viver, aprender e principalmente conquistar.

Letra da Música:

Epitáfio

Devia ter amado mais, ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar

Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos.


Mensagem:

Não Espere

Não espere um sorriso para ser gentil;
Não espere ser amado para amar;
Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de quem está ao seu lado;
Não espere ficar de luto para reconhecer quem hoje é importante em sua vida;
Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar;
Não espere a queda para lembrar-se do conselho;
Não espere…
Não espere a enfermidade para perceber o quanto é frágil a vida;
Não espere pessoas perfeitas para então se apaixonar;
Não espere a mágoa para pedir perdão;
Não espere a separação para buscar reconciliação;
Não espere a dor para acreditar em oração;
Não espere elogios para acreditar em si mesmo;
Não espere…
Não espere que o outro tome a iniciativa se você foi o culpado;
Não espere o eu te amo, para dizer eu também;
Não espere o dia da sua morte para começar a amar a vida;
E então, o que você está esperando?


Poesia:

Precisa-se de um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, ter sentimentos.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem imprescindível, que seja de segunda mão.
Não é preciso que seja puro, ou todo impuro, mas não deve ser vulgar.
Pode já ter sido enganado (todos os amigos são enganados).
Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar aquelas que não puderam nascer.
Deve amar o próximo e respeitar a dor que todos levam consigo.
Tem que gostar de poesia, dos pássaros, do por do sol e do canto dos ventos.
E seu principal objetivo de ser o de ser amigo.
Precisa-se de um amigo que faça a vida valer a pena, não porque a vida é bela, mas por já se ter um amigo.
Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro, sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo.
Precisa-se de um amigo para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Carlos Drummond de Andrade


Componentes:

Elielma Débora
Maria do Espírito Santo
Priscila Sousa
Sandra Maria
Zenaide Aguiar

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